09/12/2013

A Caminhada De Um Jaguar - História Veridica

Postado Por: Unknown As segunda-feira, dezembro 09, 2013 Em | Sem Comentarios
A CAMINHADA DE UM JAGUAR…
– História Verídica.

Salve Deus.


Quis a vontade de nosso Mestre Jesus, que hoje aqui estivéssemos reunidos para recordar uma passagem na minha vida dentro desta preciosa doutrina.


Pedro, em sua vida tumultuosa, encontrara um dia um caminho novo. O caminho de um templo do Vale do Amanhecer.

Ali chegou, entrou, e sentiu que aquela casa, era também a sua casa.


Sentou-se, esperou naquele banquinho de madeira multicolor até que chegou a sua vez. Na sua visão, tudo era novo, mas tudo era encantador. Se apaixonara no imediato pelas vestes, pelas imagens, pelas fitas coloridas com símbolos que aquelas pessoas trajavam em volta de seu corpo.


Chegou a sua vez de ser atendido, e no final, depois de uma longa conversa com uma querida “vozinha” foi convidado para iniciar sua caminhada dentro daquela imensidão de Amor, Humildade e Tolerância, tudo pela ajuda na Lei do Auxilio.


Pedro, ainda meio sem saber bem do enorme compromisso que estava aceitando, avançou. Ouviu as palavras daquela DHARMA OXINTO que jamais esquecerá e foi embora ansioso pelo dia do teste que iria determinar o seu caminho. 


Teste. Que teste seria aquele. Pedro desconhecia na totalidade o que era aquela doutrina – A Doutrina do Vale do Amanhecer.


Na sua vida, Pedro havia tido contacto com vários sinais da espiritualidade que sempre fizera questão de não evidenciar. Ele sentira por muitas vezes pequenos toques nas suas costas, tivera várias visões, muitas vezes adormecia com tampões nos ouvidos para silenciar o barulho das cadeiras da sala que pareciam arrastar toda a noite.


Naquele Domingo, ele fizera o teste e sua condição se fizera presente como Apará.
Jamais Pedro pensara ser capaz, ser merecedor de receber um “Espírito de Luz”, e aliviar as dores dos mais necessitados.


Todos os Domingos era o primeiro a chegar. Nunca faltara. Ele amava aquela condição. Se entregara de corpo e alma. 


Recebera seus mentores e avançava cada vez mais nos grupos de desenvolvimento. Recebia elogios dos Mestres Instrutores por tudo estar correndo tão bem.


Era conhecido, respeitado. Todas as semanas Pedro ia ao Templo pedir o conforto do Preto Velho. Toda a gente o conhecia, era um futuro aparelho que ia estar ali também a trabalhar.


Mas não foi. Passados meses desde sua entrada e inicio de desenvolvimento, Pedro começou a sentir que já não fazia sentido continuar sua caminhada como Apará. 


Já não sentia mais a emissões da voz nas incorporações. 


Revoltara-se, a cada desenvolvimento tentava e sabia bem que lá no fundo era apenas ele e seu pensamento a trabalhar.


Tinha chegado a sua consciência de que não conseguira mais. 


Acompanhei este irmão na sua caminhada. Conversamos muitas vezes, e muitas vezes lhe dei o meu conforto.


Vivi a sua dor, senti as suas lágrimas que no sufoco queriam gritar mas não conseguiam. Foi doloroso.
Estava na recta final. Agora pensara na vergonha, na tristeza, na dor de mudar sua fita. De passar por todo aquele novo processo, onde todos iam olhar de lado, comentar, e falar sem conhecimento de causa.
Um dia, Pedro finalmente decidido, na hora em que a porta estava a se fechar, retirou sua fita de Apará, colocou-a no bolso, e cheio de lágrimas, sentindo-se pequenino, muito pequenino, caminhou por aquele templo enorme.


Foi esmagadora a sensação. Estariam lá quem sabe uns 500 aspirantes e uns 50 Centuriões.
Todos o olhavam de cima abaixo, vendo-o caminhar trajando o seu Jalecó sem fita.
Naquele dia, não haviam pacientes para fazer o teste. Apenas ele.


Pedro chorou, pensou desistir. Pedro só queria correr porta fora e não voltar a ser visto. A dor estava cravada na sua pele como punhais em seu coração.


Ele dizia-me, naquele dia, minhas lágrimas caiam pela face e pareciam lâminas a cortar.


Todo o apoio que eu dei ao Pedro, eu sabia que era pouco. Eu vi o sofrimento que ele teve naquele dia.
Apenas posso dizer que Ele teve uma grande CORAGEM, e uma VERDADEIRA atitude que se pode esperar de um JAGUAR desta Doutrina.


Chegara aquele momento em que ele nada sentira. Em vez de continuar, enganando os que o cercavam, passando mensagens que não eram verdadeiras ou pelo menos não vinham Directas do Céu, ele desistiu daquela caminhada.


Hoje, fez mais um aniversário dessa data em que ele fez o novo teste. Por coincidência nos encontramos e ele me deu um grande Abraço e me agradeceu todo o amor e todas as palavras que eu lhe dei naquela época.


Suas últimas palavras na despedida foram: Tenho um orgulho enorme no “papel” que desempenho como Doutrinador. Se tivesse continuado naquela condição, estaria todos estes anos a viver uma dor maior. A dor de fazer mal Àqueles que buscam a cura e o conforto para os seus problemas. A mentira e também a vergonha.


Salve Deus, só agradeço ao Pai, te ter posto no meu caminho para me dares força...
Pedro é um bom irmão. Um filho querido de Pai Seta Branca e sei que sempre teve nos seus objectivos a ajuda dos outros. 


Peço ao Grande Mestre Jesus e a Pai Seta Branca, que ilumine com muita Luz e muito Amor a caminhada difícil de Pedro. Ele permitiu que eu contasse aqui este episódio triste e por outro lado muito feliz também, pois sabe que o seu exemplo pode ser a dor de muitos irmãos Jaguares nesta doutrina.
Não é vergonha mudar a fita, deixar de ser Apará para ser Doutrinador. Não carreguem essa dor, essa mágoa ou essa vaidade. Pensem no mal que podem estar a fazer, independentemente dos anos que vestir suas indumentárias.


Aceitem a feliz oportunidade de estar na casa de nosso Pai, independentemente da sua condição.
Sentado num trono, de pé, ou simplesmente a encaminhar pacientes prós bancos de espera, no sal ou perfume, desde que seja feito com muito amor, estamos ganhando para saldar nossas dividas.
Só temos uma oportunidade. Acredito que numa próxima encarnação, o caminho da casa de Pai Seta Branca já não seja mostrado aqueles que nesta ou noutra vida, a DESRESPEITARAM.
“SEUS CAMINHOS ESTÃO ABERTOS, NÃO TENHA RECEIO. A MEDIDA QUE RECEBO ALGUM BEM ESPIRITUAL, VOU DANDO A VOCE. NÃO ACHEI UM MOMENTO EM QUE PUDESSE DIZER: “AGORA VOU TRABALHAR PARA MIM.” Tia Neiva.

Boa Sorte Meus Irmãos.
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